Como mudar a carreira de engenheiro de controle de qualidade para desenvolvedor: a história do codificador

Hoje, qualquer pessoa pode aprender a se tornar um desenvolvedor: gerente, vendedor, garçom ou treinador. No entanto, a programação às vezes pode parecer cansativa para alguns novatos, e eles se sentem desanimados com antecedência sobre suas chances de conseguir um emprego como desenvolvedor júnior. É por isso que alguns alunos escolhem a função de engenheiro de controle de qualidade como uma opção segura. QA é uma pessoa que testa software e encontra bugs nele. Esta profissão permite que você entre no complexo mundo da programação. Apresentamos a história do desenvolvedor Kyrylo, que iniciou sua jornada em TI com testes de QA (garantia de qualidade) e posteriormente se tornou desenvolvedor.

O controle de qualidade me convinha e comecei a me aprofundar nessa área

Eu não estava interessado na carreira de desenvolvedor depois da escola. Mesmo assim, entrei na universidade na faculdade de “Desenvolvimento de software de sistema” porque meus pais me aconselharam a escolher esta especialização. Eu entendia de programação, mas dava trabalho. Fiz os trabalhos de conclusão de curso com sucesso, mas me formei sem conhecimentos sólidos de programação. Depois tentei procurar emprego como programador; no entanto, depois de ser reprovado em 2 a 3 entrevistas, nas quais não sabia como passar, decidi me tornar um testador de controle de qualidade. Um dia me deparei com uma empresa que recrutava pessoas para estágios de controle de qualidade. Passei com sucesso na entrevista, concluí meu estágio e fiquei lá para trabalhar como testador. Tudo me convinha e comecei a me aprofundar nessa área. Escrevi um teste automatizado em Java pela primeira vez. Foi um teste fácil: abriu uma janela do navegador, clicou em listas específicas e selecionou itens, mas gostei muito. Parecia que eu fiz mágica. Depois de um tempo, um colega que trabalhava em outra empresa me convidou para o cargo de engenheiro de controle de qualidade lá. Então aceitei a oferta e ganhei uma ótima experiência em controle de qualidade e trabalho em equipe. Depois de lidar com testes manuais (o que não é muito interessante), um gerente perguntou ao nosso grupo se havia alguém disposto a trabalhar com testes automatizados, e eu me ofereci como voluntário para essa função. Necessitava de conhecimentos adicionais para gerir as novas tarefas, por isso aprendi o C#, o que me permitiu lidar com os testes automatizados existentes e desenvolvê-los. Mais tarde, tive a oportunidade de mudar para um cargo de desenvolvedor naquela empresa, mas decidi sair da empresa porque minha equipe havia se dissolvido. Então, consegui um cargo de engenheiro de controle de qualidade em uma empresa com escritório no centro da cidade e uma montanha-russa no escritório. Aí pensei: gostaria de ficar aí até o fim da carreira. No entanto, eu já trabalhava lá há quase quatro anos antes de decidir sair. Adquiri uma ótima experiência de trabalho em equipe. Frequentemente assistimos a vídeos de conferências técnicas ou vídeos de treinamento sobre como a tecnologia funciona. Embora estivesse envolvido em testes automatizados, estudei tecnologias relacionadas e adquiri novas habilidades. No geral, foi uma ótima experiência para mim.

Eu queria fazer mais programação

Então encontrei uma vaga para engenheiro de QA, que exigia conhecimento de Python. Li rapidamente um livro sobre Python para entender a sintaxe e concluí a tarefa de teste que a empresa me deu. Apesar de ter perdido o prazo, a empresa aceitou meu trabalho e me convidou para uma entrevista. Nossa conversa foi direta: conversei com o gerente de controle de qualidade e com o gerente de projeto sobre tópicos gerais sobre testes e programação. E fui contratado. Minhas responsabilidades incluíam a realização de testes automatizados e manuais. Porém, não gostava muito do manual, que implica ações monótonas, e queria fazer mais programação. Então comecei a aprofundar meu conhecimento em Python, me inscrevi em cursos e conversei com o gerente sobre minhas ambições. Mas naquela época, eles não tinham uma posição vaga de desenvolvedor. Trabalhei e estudei ao mesmo tempo. A transição durou cerca de nove meses: na primavera comecei a treinar e consegui um emprego em dezembro. O mais difícil durante a transição não foi nem ter me deparado com novos conceitos de programação, mas sim estar sobrecarregado e passar muito tempo com o computador.

Minha experiência como engenheiro de controle de qualidade me ajuda na programação

Um dia, um colega que trabalhava para uma empresa de TI me escreveu. Ele ofereceu um emprego de engenheiro de controle de qualidade, mas eu disse que estava procurando um emprego de desenvolvedor. Acontece que eles tinham uma vaga, então decidi tentar. Fizemos uma entrevista de três horas sobre diferentes tecnologias (de acordo com a tabela de competências), e depois – uma entrevista com um cliente. Eles viram potencial em mim, então fui contratado. Gostei de trabalhar lá porque fui apresentado a muitas novas tecnologias. Além disso, a empresa contava com ótimos colegas a quem poderia ser solicitado aconselhamento sobre o projeto. A experiência anterior em testes em grandes projetos me deu uma compreensão dos processos de desenvolvimento de um produto. Definitivamente foi uma vantagem. Minha experiência como engenheiro de controle de qualidade me ajuda na programação agora. Quando executo uma tarefa, sei que meus colegas irão testá-la, por isso descrevo o máximo possível de detalhes aos quais vale a pena prestar atenção. Então, quando os engenheiros de controle de qualidade chegam com uma solicitação para ajudar a descobrir isso, entendo o que eles querem saber de mim. Então eu os ajudo a testar componentes específicos que estão sendo desenvolvidos. A habilidade de analisar sistemas com muitos elementos foi útil. Posso me lembrar facilmente do panorama geral até mesmo de um sistema complexo. Parte das tarefas de um programador também inclui escrever testes unitários que testam uma função específica no aplicativo. Saber como escrever um script de teste ajuda diretamente meu trabalho. Se eu fosse formado agora, tentaria conseguir um emprego como desenvolvedor desde o início. Eu tinha medo de programar porque estudamos C++ na universidade, onde é preciso considerar inúmeras nuances durante a codificação. Porém, durante o treinamento, percebi que não era assim: coisas complexas podem ser escritas de forma simples e clara.