Introdução ao JSON

1.1 Surgimento do JSON

JSON (JavaScript Object Notation) — é um formato textual usado para troca de dados. Ele foi desenvolvido no início dos anos 2000 por Douglas Crockford e se tornou popular devido à sua simplicidade e facilidade de uso.

A principal ideia do JSON é criar um formato que seja fácil de ler para humanos e, ao mesmo tempo, simples de ser analisado e gerado por programas. JSON foi inicialmente desenvolvido com base na sintaxe do JavaScript, mas seu formato se mostrou tão universal que começou a ser usado e suportado por várias outras linguagens de programação. Agora o JSON pode ser usado independentemente do JavaScript: ele se tornou o padrão para troca de dados em vários sistemas e aplicações, independentemente da linguagem de programação em que foram escritas.

JSON — é basicamente o registro do estado de um objeto na linguagem JavaScript. Bem, quase. É por isso que o JSON é especialmente popular entre aqueles que escrevem APIs para o front-end. Além disso, o JSON é amplamente utilizado para armazenar arquivos de configuração e registros.

Principais características do JSON

Legibilidade:

O formato JSON é fácil de ler e entender por pessoas. Isso o torna conveniente para uso em arquivos de configuração e para troca de dados entre o cliente e o servidor.

Independência de linguagem:

Embora o JSON seja inicialmente baseado na sintaxe do JavaScript, ele pode ser usado com qualquer linguagem de programação. Muitas linguagens de programação fornecem bibliotecas integradas para trabalhar com JSON.

Facilidade de parsing:

Parsing (do inglês "parsing") — é o processo de decompor e analisar a estrutura dos dados, geralmente texto ou código, para extrair informações significativas. No contexto da programação, o parsing é frequentemente aplicado para processar dados textuais. O JSON pode ser facilmente analisado e gerado tanto do lado do cliente quanto do servidor. Atualmente, em cada linguagem de programação existe uma biblioteca que permite transformar facilmente um objeto em JSON e vice-versa.

Padrão e líder claro:

Há 10 anos, o JSON competia com o XML como um padrão de API. Agora o JSON venceu e é o líder claro. Na API do seu back-end você pode suportar apenas o JSON, e isso será suficiente, mesmo que sua API seja destinada a chamadas por outros servidores.

1.2 Estrutura do JSON

O JSON é composto por pares "chave-valor", e sua sintaxe consiste em duas estruturas principais:

Objetos: Objetos são conjuntos desordenados de pares "chave-valor". As chaves são strings e os valores podem ser de qualquer tipo de dado suportado pelo JSON.

{
    "name": "John",
    "age": 30,
    "isStudent": false,
    "courses": ["Math", "Science"],
    "address": {
        "city": "New York",
        "zipCode": "10001"
    }
}

Arrays/Listas: Arrays são conjuntos ordenados de valores (semelhantes às listas em Python). Os valores podem ser de qualquer tipo de dado suportado pelo JSON.

["Apple", "Banana", "Cherry", 100, 3.14, true]

Parece muito com objetos do Python, não é?

Tudo é porque o JSON é basicamente o padrão de registro de dados no JavaScript, e o JavaScript, na época, foi inspirado pelo Python. Então, você vai curtir usar JSON.

1.3 Tipos de dados no JSON

O JSON suporta os seguintes tipos de dados:

Strings: representadas entre aspas duplas.

"name": "John"

Números: podem ser inteiros ou de ponto flutuante.

"age": 30

Objetos: conjuntos desordenados de pares "chave-valor".

"address": {
    "city": "New York",
    "zipCode": "10001"
}

Arrays/Listas: conjuntos ordenados de valores.

"courses": ["Math", "Science"]

Valores booleanos: true ou false.

"isStudent": false

Diferente do Python, true e false aqui são escritos com letra minúscula.

null: representa um valor vazio.

"middleName": null

Data e hora: são transmitidas como string.

{
    "datetime": "2023-05-15T14:30:00Z",
    "date": "2023-05-15",
    "time": "14:30:00"
}

Antigamente, elas às vezes eram transmitidas como um número no formato UNIX timestamp, mas essa abordagem ficou no passado.